terça-feira, 2 de julho de 2013

* Melhor bater papo com animais...

Acho mais edificando conversar com os animais que perder tempo com gente cheia de empáfia se achando dona da verdade.
Acho mais construtivo fazer amizades com gatos e cachorros que vejo nas calçadas que perder tempo em tentativas de organização de um povo egoísta reacionário ao trabalho comunitário.
Ontem eu estava defronte ao Centro Cultural do GRUCALP ( Pontodecultura Grucalp ) e vi uma gatinha linda no muro da vizinha. Eu me aproximei e percebi que ela estava grávida. Conversamos alguns minutos e ela muito manhosa aceitando meu carinho.
Noutro momento da noite, enquanto eu observava alguns rapazes afixando a placa do Centro Cultural, outra gatinha se aproximou. A mãe da gatinha que peguei na rua para criar lá no espaço cultural. Perguntei se ela queria saber notícias da filha, mas parecia apenas querer carinho. A peguei no colo...
De volta para casa, vi dois cachorros grandes na calçada do Pátio de Eventos Luiz Gonzaga. Estavam agoniados, coçando o corpo e parei para conversar. Comentei que se pudesse levaria eles para tratar, lavar, colocar remédios nas feridas. Eles ficaram me olhando e pararam de coçar os corpos.
Reconheci um dos cachorros. Outro dia em estava passando pelo logadouro público citado e ele estava conversando com um gato grande (um na frente do outro, quietos, olhando nos olhos com muita tranquilidade) e de outra vez o vi dormindo tendo um gato enroscado nele. O frio da rua, dormindo assim ao relento faz que se aproximem.
Algumas vezes conversei com eles, comentando como queria muito ter um espaço para os abrigar. Ver os irmãos dormindo ao relento, na calçada fria. Eles estavam enroscados e cansados (vida de rua cansa, ficar dia todo andando, sendo escorraçado por pessoas insensíveis e a labuta da busca por alimentos trás o cansaço no fim da noite). E apenas me olharam e voltaram a dormir.
Mas ontem foi diferente. Eles se levantaram e me cheiraram, balançavam as caudas. E me seguiram. Seguiram de longe, ao lado. Olhares pidões, como se pedissem um lar.

Comentei com minha mãe como os viralatas são camaradas e fiéis. E eles pareciam com um cachorro que criei quando criança...
Minha casa não cabe um cachorro daquele tamanho. 
Entrei em casa triste e fui dormir, pensando como há muita gente cruel que desprezam os animais, abandonando-os nas ruas... Queria ter uma propriedade grande para abrigar animais de rua, onde pudessem ter tratamento médico veterinário, boa alimentação, um lugar onde não corressem perigos de escorraçamentos e demais violências e atropelamentos nas ruas...
Três gatinhas em peguei nas ruas para criar...
Eles sentem minha bondade porque sempre gatos e cachorros se afeiçoam a minha pessoa. Em 2008 um cãozinho de rua se aproximou enquanto eu estava num ponto de taxi em Maceió e queria ir comigo...
Eles sentem as energias, são sensíveis e vêem além do que os seres humanos vêem... São sagrados esses irmãozinhos necessitados de carinhos e cuidados. Quem os maltrata receberá o retorno em triplo das maldades!

Jaorish Gomes Teles da Silva

Palmares, 02 de Julho de 2013

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