sábado, 15 de março de 2014

* Recordações de um dia de aniversário...

Quando criança e adolescente eu não gostava do dia do meu aniversário. Mas pelo menos era um dia para comer bolo e outras guloseimas... Dia para encontrar os amigos e parentes... Na adolescência, amigos me alegravam (eram bons companheiros que se esforçavam para me agradar e me alegrar).
Aprendi a gostar do dia do meu aniversário ouvindo o relato de minha mãe dizendo sempre que é o dia mais feliz da vida dela!
No dia do meu aniversário eu era invadido de imensa tristeza. Isso desde tenra idade (chorei muito na festa do meu 2º aniversário e somente no 5º eu consegui demonstrar alegria). Eu não me sentia deste mundo. Era como uma revolta por está na Terra e uma saudade imensa de um mundo melhor para o qual sei que voltarei... Várias vezes pensei, “eu deveria ter escolhido outro Planeta!”... E tinha vontade de ser levado por uma nave espacial alienígena!...
E esse vínculo alienígena foi captado por colegas de sala de aula e por volta de quando eu tinha 14 anos me apelidaram de marciano... Eu não me abusava com isso. Uma amiguinha gostava de cantar na sala de aula a música gravada por Elis Regina: “Alô! Alô! Marciano! Aqui quem fala é da Terra!”...  Creio porque eu era muito sonhador... Um dia desses eu a reencontrei e comentei sobre isso e ela pedi desculpas. Mas eu esclareci que gostava.
Minha família fazia festas comemorativas dos meus aniversários nas quais, em tenra idade, muitas vezes eu me senti deslocado. Tinha a presença de familiares e amigos, colegas. E pensava: “se não tivesse guloseimas, bolo, refrigerantes, será que essa turma toda estaria aqui? Viria somente para me desejar felicitações e mostrar a simplicidade de amizade?” Quando cortava o bolo e acabavam as guloseimas, todos iam embora... E isso era chocante para uma criança sensível como eu era...
Minhas tias Luiza e Irací caprichavam nos bolos. Luiza, que eu chamava Pupu (eu apelidava minhas tias), criava sempre formas diferentes de bolos confeitados, dentro dos temas das festas (bolo em forma de violão, quando o tema da decoração foi música; bolo em forma de carrossel, quando o tema foi parque de diversão; bolo em forma de urso; bolo em forma de coelho, etc)... E eu sempre gostei muito de bolo, principalmente com os recheios que elas preparavam e eu escolhia as receitas, lia várias e escolhia...
Com o tempo, sem as festas, ficaram somente meus pais e minhas tias para me felicitar e abraçar e alguns poucos amigos que lembravam... Eu estava certo.
Mas deveria ser chato para os convidados das festinhas, quando de repente o aniversariante ficava sério ou chorava e mudava a programação musical, colocando um disco de música erudita ou ouvindo discos de orquestras tais como Paul Mauriat, Mellachrino, Clebanoff... Isso no auge da discotec, e eu sempre detestei essas modas musicais passageiras alienantes!...
Minhas melhores comemorações de aniversários foram quando eu estava em ação teatral (em ação com teatro de bonecos, com alguma peça teatral ou recital poético). A Arte me eleva para dimensões superiores além desencantos terrestres...
Atualmente, após 49 anos de comemorações (aprendi a comemorar este dia 15 de março), a grande alegria é acordar neste dia e receber o abraço da minha mãe afirmando, “este é o dia mais feliz da minha vida.” Aprendi com ela a gostar deste dia! Sempre bons exemplos e bons ensinamentos de minha mãe!
Ela é um fenômeno. O parto foi difícil, minha mãe teve problemas respiratórios e o médico teve que me puxar do útero dela com um fórceps e sem anestesia até mesmo para pontear após. E minha mãe o tempo todo rindo, feliz. A felicidade de ser mãe estava acima das dores de um parto desse tipo.
Eu quase falecia. Fui tratado como um afogado, pois engoli muito líquido amniótico. A incubadora do Hospital Regional dos Palmares estava quebrada e uma amiga de minha mãe, Socorro Portela, me enrolou um cobertor e me aqueceu durante várias horas até quando eu não estava mais em perigo. Além disso, tive hemorragia no umbigo, perdi muito sangue.
Quem estava acompanhando tudo também foi Painho. Ele que me aqueceu e cuidou da minha respiração no momento de mais emergência do parto, ajudando o médico. Minha tia, Luiza, mais nervosa que minha mãe, ficava questionando como a parturiente se mantinha calma e rindo... Edilton Ramos trouxe minha mãe e eu, num jipe de volta para casa.
Encontro bonito foi com meus avós maternos, Rosalvo e Isabel. Pessoas lindas, símbolos e exemplos de grande amor para todos da família (um casamento de mais de 60 anos sem discussões e sem brigas). Fui muito bem acolhido e amado por todos da família: tios, avós, primas e primos. E a família extensa que foram meus vizinhos queridos, meus irmãos, pois fomos criados juntos. Eu era uma criança sem irmãos e agreguei uma família: Janete, Janeide e Ronaldo, companheiros por vários anos até além adolescência (esses não precisavam de bolos e guloseimas para se aconchegar ao meu convívio... kkkk)...
Fui batizado recém-nascido tendo como padrinhos Luiz Portela de Carvalho, um amigo de Painho e respeitado político local. A esposa dele minha madrinha. O respeito a esse vínculo espiritual eu tinha desde criança. Eu tinha visão sobre Padrinhos diferente de alguns colegas. Eu via crianças interesseiras pedindo presentes e dinheiro aos padrinhos, mas eu sabia que um batismo é um vínculo espiritual e nunca pedi nada material ao meu padrinho, mesmo ele sendo um político que governou a Cidade dos Palmares. Várias vezes ele comentava ao me encontrar, “eu sou seu Padrinho!”... E eu o reverenciava com respeito...
Ensinamentos espirituais dizem que família é karma. Ainda bem que tive um bom karma e também bons amiguinhos de infância. Guardo com carinho o respeito dos colegas de sala de aula de onde estudei. Afinal, se nos encontramos foi porque as energias se atraíram. Ninguém convive ou se encontra por coincidência! 

sexta-feira, 14 de março de 2014

* A Véspera

Hoje é a véspera.
Um dia antes de amanhã.
Mais uma espera
O sono acelera a chegada
De mais um dia.
E amanhã será hoje
E o que faço hoje será do ontem.
Sem ansiedades teço a véspera
Que constrói o amanhã.
Amanhã será meu dia.
Não um dia qualquer.
Sempre a sucessão dos dias os faz melhores que os anteriores.
Disso depende como os construo hoje.
Portanto, o mais importante é o dia de hoje.
Não importa o que comemore amanhã.
Encontro motivos de comemorações todos os dias.
Comemoro meu renascer a cada dia e o milagre da Vida a cada instante.
Ontem foi a véspera de hoje.
Amanhã será a véspera de outro dia.
E eu vivo!


* Brechas se preenchem com nobreza

*~*EXPERIÊNCIA*~*
Refere-se a conhecimento, experimento, aprendizagem, teste...
Os erros são inevitáveis, então, perdoe o passado e aprenda tudo o que puder aprender.
Você se torna uma pessoa mais madura e mais segura quando rí de seus próprios erros.
"Não lamente seus erros, comemore o ouro preenchido!" 
"Creio que a pessoa que teve mais experiência de privações consegue enfrentar problemas com mais firmeza que a pessoa que nunca passou por sofrimento. Portanto, visto por esse ângulo, um pouco de sofrimento pode ser uma boa lição para a vida."
(Dalai Lama)
O que você aprendeu com seus erros? Pense nisso!

segunda-feira, 10 de março de 2014

* Incoerências no uso dos "juramentos"

Vemos como "o costume" de jurar com a mão sobre a Bíblia é usado por religiosos e pela "Justiça".
Uma grande incoerência porque na própria Bíblia existe o registro da Palavra do Mestre Jesus, no Capítulo 5 do Evangelho de Mateus, no famoso Sermão da Montanha, versículos 33 à versículos 37: 
"Ouvistes ainda o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos.
Eu, porém, vos digo: não jureis de modo algum, nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei. Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes fazer um cabelo tornar-se branco ou negro.
Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno (Mateus Capítulo 5)."
E a Humanidade naufraga em suas incoerências!
Analisemos, questionemos e construamos um mundo melhor!
Luz e paz!