sexta-feira, 5 de julho de 2013

* A resposta deve ser a desobediência!

Algumas frases que li hoje e meus comentários em paralelos com minha vivência local:

Enquanto os politiqueiros deseducam o povo através da Mídia controlada pelo Poder Econômico que quer um povo sem condições de entender as tramoias que ele montam...

Enquanto não investem na Educação como deviam...

Enquanto exploram a ignorância de platéias levadas aos espetáculos nauseabundos dos palanques e festas de rua, semelhante gado levado ao abatedouro...

O Amor constrói a Arte Sublimada que teima educar o nosso povo vítima de uma corja de traidores usurpadores do poder que apenas repetem os erros daqueles que criticavam!

Os sonhos não morrem naqueles que almejam a Eternidade!

A Arte Engajada se imortaliza na labuta dos mártires nesse mundo de falsos valores!



Concordo plenamente com a frase da figura. 
Nesses 40 anos de teimosias culturais, eu me dediquei a uma luta cultural que várias pessoas diziam ser inglória. Recebi conselhos para ir em busca de outros espaços e da fama. Teimei sempre neste torrão banhado pelas águas maltratadas do Rio Una.
A maior lição que aprendi com Mestres da Arte foi a humildade. Quem busca a purificação na Arte não pode se envolver com o ego. A transcendência vem da abnegação. Isso não quer dizer que nós artistas devamos nos deixar escravizar e ser reféns de dos usurpadores do poder. Negar participar das tramoias e demais farsas impetradas por eles não é ser arrogante e sim preservar princípios sagrados.
Nós artistas devemos ser arautos da dignidade e honra da Luta pelo Bem Comum.
Sapiente de que existem invejosos me acusando de louco porque defendo a igualdade entre os seres humanos, a solidariedade e sou contra os estrelismos, repito o que ouvi de um amigo escritor poeta Waldemar Lopes um dia conversando comigo comentou que "o verdadeiro artista é bom, humilde e louco... Principalmente a loucura é primordial, visto que aqueles discordantes dos regimes políticos e sistemas sociais injustos são taxados de malucos... Então sejamos loucos!..."
Quando o ego gera a maldade e arrogância, eis a morte do artista (que deve ser puro e bom) para dar lugar ao vil ser comum imbuído das mazelas mundanas... 


Mas exigir que meu trabalho merece e deve ter devida remuneração financeira, não é egoísmo nem estrelismo. Sou sindicalizado e as lutas da categoria devem ser respeitadas por quem almeja me contratar. 
Não me submeto a ser graxa dos sapatos de nenhum usurpador do poder que incha a máquina governamental de empreguismos para os bajuladores de palanques eleitorais, mas quer que eu trabalhe sem remuneração. Eu ator, não me submeterei a ser simples espectador nas platéias subservientes exploradas pela ignorância que aplaude qualquer embusteiro nos palcos do autoritarismo. 
Esbravejo para ter meu lugar devido como ator. Querem me transformar figurante da platéia do processo prometedor de um falso desenvolvimento para todos, porque quem tem vez mesmo é somente uma pequena parcela interessada em se locupletar e ceder vantagens aos agregados bajuladores.
Estou farto de tanta falsidade e a Resposta é a não participação e não citação dos nomes desses calhordas. Atitude que me coloca identificado com Albert Einstein quando ele escreveu:
"O problema que os intelectuais desse país têm de enfrentar parece muito grave. Os políticos reacionários, agitando o espectro de um perigo externo, conseguiram sensibilizar a opinião pública contra todas as atividades dos intelectuais. Graças a este primeiro sucesso, tentam agora proibir a liberdade do ensino e expulsar de seu posto os recalcitrantes. Isto se chama aniquilar alguém pela fome. 
Que deve fazer a minoria intelectual contra este mal? Só vejo uma única saída possível: a revolucionária, da desobediência, a da recusa a colaborar, a de Gandhi. Cada intelectual, citado diante de uma comissão, deveria negar-se a responder. O que equivaleria a estar pronto a deixar-se prender, a deixar-se arruinar financeiramente, em resumo, a sacrificar seus interesses pessoais pelos interesses culturais do país. 
A recusa não deveria fundar-se sobre o artifício bem conhecido de objeção de consciência. 
Mas um cidadão irrepreensível não aceita submeter-se a uma tal inquisição, em total infração do espírito da constituição. E se alguns intelectuais se manifestarem, bastante corajosos para escolher este caminho heróico, eles triunfarão. A não ser assim, os intelectuais deste país não merecem coisa melhor do que a escravidão que lhes está prometida." (do livro COMO VEJO O MUNDO, de Albert Einstein).

Jaorish Gomes Teles da Silva


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