domingo, 18 de agosto de 2013

* Final de tarde ouvindo Ópera

Hoje à partir das 15h. Ouvi o Programa Teatro de Ópera, na Rádio Cultura FM de São Paulo, da Fundação Padre Anchieta, apresentada pelo Maestro Walter Lourenção.
Hoje a ópera TRISTÃO e ISOLDA, de Richard Wagner. 
Gravado dia 27 de Junho de 2013 na Opera House de Londres.. 
Uma das óperas da minha preferência, desde criança.
A História é linda!
Eu gostava muito de história de Cavalaria, de guerreiros lutando contra a maldade!
O mito de Tristão e Isolda tem origem em lendas que circulavam entre os povos celtas do norte da Europa, ganhando uma forma mais ou menos definitiva a partir de obras literárias escritas por autores normandos no século XII. No século seguinte a história foi incorporada ao Ciclo Arturiano, com Tristão transformando-se em um cavaleiro da távola redonda da corte do Rei Artur. 
A história de Tristão e Isolda provavelmente influenciou outra grande história de amor trágico medieval, a que envolve Lancelot e a Rainha Guinevere. A partir do século XIX até os dias de hoje o mito voltou a ganhar importância na arte ocidental, influenciando desde a literatura até a ópera, o teatro e o cinema. 
A Ópera tem libreto do próprio compositor musical que era poeta. Inspirado baseada em uma lenda medieval narrada por Gottfried Von Strassburg.
Richard Wagner, um gênio além do tempo... Wagner foi o pioneiro em avanços da linguagem musical, tais como o cromatismo extremo e a rápida mudança dos centros tonais, que muito influenciou no desenvolvimento da música erudita europeia. Sua ópera Tristan und Isolde é algumas vezes descrita como um marco do início da música moderna. 


A influência de Wagner vai além da música. É também sentida na filosofia, literatura, artes visuais e teatro. Ele teve sua própria casa de ópera, o Bayreuth Festspielhaus.
O Imperador D. Pedro II, do Brasil, era admirador de Wagner! Pedro II compareceu para cumprimentá-lo pessoalmente no primeiro Festival de Bayreuth, quando Wagner ficou sabendo que o interesse do imperador na sua obra era verdadeiro. Ainda hoje pode-se ler no livro de visitas do hotel em Bayreuth marcado modestamente: Nome: Pedro II Ocupação: imperador.
Eu tenho a Tetralogia dos Nibelungos, completa, em vinil. Comprei um álbum luxuoso que namorei muito tempo, sempre visitando a Loja Prelúdio, na Av. Conde da Boa Vista, Recife (fechou à vários anos). Até que um dia pude comprar, ao juntar dinheiro para ter aquele deleite aos meus ouvidos. Ao chegar em casa ouvi uma das operas completa, fui dormir de madrugada...
Tristão e Isolda não faz parte dessa tetralogia. É de outra fase do artista.
Eu li Tristão e Isolda quando criança e adorei. Eu tinha 6 anos de idade quando li a obra literária. E quando conheci a Ópera, me embalei em devaneios ouvindo o magiar da música...
Na ópera há toda uma exposição da ligação de Wagner ao Budismo e a Schopenhauer.
A ópera Tristan und Isolde é algumas vezes descrita como um marco do início da música moderna.
A partitura de Tristan und Isolde é um marco importantíssimo da música erudita moderna por apontar para a dissolução da tonalidade, cuja consequência será o atonalismo do século XX.
As horas passam sem eu sentir ouvindo esta obra magnifica de Richard Wagner, no Programa Teatro de Ópera da Rádio Cultura FM.
Richard Wagner, um Gênio! Compôs as músicas dificílimas da Ópera e os poemas do Libreto!
O libreto que compõe tal projeto, no que diz respeito a personagens e ao enredo, é uma criação a partir de um recorte feito do texto de Gottfried von Strassburg, somado a recursos cênicos usados por Shakespeare e Goethe, um poema de Matthew Arnold e a filosofia de renunciação de Schopenhauer.
Para Wagner, a obra de arte tomada em seu aspecto singular assume um caráter de incompletude artística. Segundo esse compositor, a arte conquistaria a condição de completa somente na multiplicidade, por isso, ele fundiu a música, a poesia, o teatro, a pintura, a pantomima, a dança, a tradição lendária e a mitológica em seus espetáculos.
Wagner estava convencido de que só a música – a linguagem ideal para expressar os sentimentos – era capaz de revelar a ação interna do drama, manifestar os elementos psicológicos mais profundos das personagens e as motivações que as fazem agir. A função da palavra e do gesto é apenas a de definir a ação externa. É a partir desse princípio – e da constatação de que as emoções são fluxo ininterrupto de sensações que se combinam, alternam-se, contrastam-se ou superpõem-se – que Wagner vai deduzir a ideia de que a música deve ser contínua (unendliche Melodie). Mas a "música contínua” não significa apenas “dissolução total da estrutura de números” e “substituição da alternância recitativo/cantilena por um arioso elaborado ininterrupto”.
Para que Wagner conseguisse esse equilíbrio artístico, a obra de arte completa e concisa, as partes da produção artística cabiam a ele próprio. 
Criou um estilo para dar flexibilidade rítmica, por meio do verso curto. Fez uso de aliterações; vocábulos ultrapoéticos e formas fixas da poesia trovadoresca para que letra e som, combinados às outras partes do espetáculo dramático-musical, conquistassem o objetivo de arte completa.
Há mudanças da História na Ópera. No romance Tristão e Isolda se apaixonam após um filtro do amor e na ópera eles se amam antes. A morte deles também é diferente, pois morrem juntos enquanto no romance separados.
A influência de Wagner no mundo vai além da música, é também sentida na filosofia, literatura, artes visuais e teatro. 


Agora lembro de algo muito importante na minha vida: Quando eu fui estudar na Alemanha, no Estado da Baviera, terra de Richard Wagner... Onde fica o Teatro de Bayreuth, criado por ele, todo revestido de carvalho...
Melhor ouvir a música... Será o restante da tarde ouvindo esta obra magnífica através da Rádio Cultura FM...http://culturafm.cmais.com.br/ 


E tenho o DVD desta Ópera (atualmente faz parte do acervo de vídeos do Centro Cultural GRUCALPPontodecultura Grucalp)...
Bem aventurados aqueles que têm ouvidos para a pura música Universal dos Grandes Mestres, seres iluminados que deixaram obras a sobreviver através dos Milênios!

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