quinta-feira, 21 de julho de 2011

* Migração astral na motricidade do vôo poético















Ai de quem tem um grande amor
E nega a se doar com todo o calor
Desprezando dádivas divinas.
Grande escravidão é amar sem poder expressar sentimentos
Ao ser amado impingir cruéis sinas
Levado à morte em vida pelo veneno dos fatídicos tormentos.
Viver sem poder expressar um grande amar é castigo dos mais insanos.

Ai de quem despertar os mais sublimes sentimentos num poeta
E o relegar sofrer abandono na no escanteio de uma vida incerta.
Quem sublima sentimentos em busca do Amor Infinito
E permeia luz em versos num amor nunca antes visto
Não merece receber em troca as piores ingratidões dos mundanos.












Na triste amargura carcomendo suas entranhas
A cada dia desfalecido sob as tormentas tiranas
Um último grito em adeus ecoa em versos pranteados:
“Meu Reino não é deste mundo! Não pertenço a tempo e espaço presente.
Melhor me isolar, de toda a maldade me afastar e sucumbir do mundo ausente.
Deixo alguns poucos versos como herança
Para quem deles souber absorver ensinamentos
Preciso ascensão cósmica sem tardança
Em vôo sem limites, a poesia me leva com suas asas
Na busca dos liames do verdadeiro amor em algum lugar do passado
Ou na atemporal sideral evolução.
Tendo nos lábios o nome da mulher amada
Despeço-me desta vida de terrenos sonhares
Para ansiado encontro nos celestes pomares
Onde meditando minha amada esperarei
E lá na alvorada de mim mesmo me alimentarei
Dos doces frutos das bem-aventuranças”.

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