sexta-feira, 8 de julho de 2011

* Distante me sinto em casa

















Mundo
imundo
partido
Dos Partidos
partidos
Dos homens dos Partidos
partidos
Dos homens partidos
divididos
E quem é homem completo, inteirado com sua essência pura

não teme mostrar sua ingenuidade de inteira alma desnuda
Dizendo: “Esse não é meu Reino” de homens partidos














Partidos sem humanidade
Desconexos

Complexos

Megalomaníacos desencontros desumanos.

Civilização decadente, egoísta depredadora suicida

Que não reparte bens materiais, de bondade exaurida.

Quero voar muito além.

Está tudo muito aquém.

Não quero ter meu poético coração partido

Como servil de falsa ideologia de um Partido.





















Vou às plagas mais longínquas
Andejo versos em cataratas de rios caudalosos de esperanças.
Mesmo apenas tendo o chuveiro onde mergulho na purificação dos meus banhos diários.
Aqui meço meus sonhos, teimando, sem poder chegar às dimensões infinitas que eles são.


































Aqui me despeço dos seres da mesquinhez, idiossincrasias maléficas destruidoras da ida sublimada.
Não é meu mundo e quero dizer adeus.
Adeus aos brotos que não deixaram brotar nas primaveras
Cujas sementes levarei comigo para os jardins de primores.
Sei de quem ouve meu silêncio e deseja o meu canto.
Então não mais perderei tempo insistindo ficar entregue a este exercício amorfo masoquista.
Eu sei voar e singrarei os ares rumo às galáxias mais distantes onde me sinto em casa. Não mais ficarei aqui onde sou indesejado extraterrestre.

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