Um governante que não ouviu conselhos de quem era mais experiente:
Era uma vez um Mestre
que vivia num Mosteiro no alto de uma montanha.
Recebeu a visita de um
governante vitorioso de uma campanha eleitoral.
O Mestre foi procurado
para aconselhar aquele político e após vários minutos de silêncio, comentou
amávelmente:
“Lembres de quando eras
oposição e criticavas quem estava no poder.
Agora estás na vitrine
com todos a te observar.
Cuidado quando revidares
críticas porque as pedras que jogares voltarão para teu teto que é de vidro!
Quando promoveres
facções ou indivíduos sob tua tutela, lembres quando reclamavas das exclusões
promovidas por teus algozes.
Quando distribuires as
verbas, lembras quando reclamavas da falta de equitatividade da distribuição
dos recursos dos teus inimigos. Eles estão a espreita esperando qualquer
pequena falha tua para transformar em pontos de apoios de oposição.
Quando discursares e
prometeres, lembres quando reclamavas dos discursos vazios sem ações daqueles
que criticavas. Lembras das faltas de cumprimentos das promessas que
recebestes!
Cuidado com a empáfia, a
soberba e a vaidade. Surgirão vários falsos conselheiros a estimular tua
vaidade. Se fores afetado por essas mesquinhez, cairás num abismo profundo e
tua administração sucumbirá.
Quando nomeares tuas assessorias,
lembres quando criticavas as inoperâncias, incompetências e falta de preparo
técnico em políticas públicas daqueles sobre os quais direcionavas teus
discursos. Portanto, se nãoãvigiares os camaleões se transformarão em cobras a
devorar tua confiança.
Observes bem e poderás
perceber as falhas de caracter de quem te circunda. E assim poderás te
desvencilhar deles o mais rápido possível. A companhia de pessoas deste tipo
não é sadia. Então, melhor ter poucos assessores fiéis e competentes honestos
que ter muitos falsos bajuladores que apenas te levarão ao fundo do abismo!
Aprende a ser sincero e
dizer não. Nunca enganes teus súditos com palavras dóceis somente para seres
bonzinho e angariares simpatia, enquanto por trás mandas teus assessores fazer
diferente do que prometestes.
Quando deres uma ordem,
observes se teus assessores cumprirão. Observes se estão tratando bem ao povo
que te elegeu. Se eles errarem será teu nome enlameado, e a maioria dessa gente
politiqueira age errado para prejudicar quem os acolheu!
Não é sadio policiar,
mas tendes ao teu lado quem possas confiar. Mesmo assim, o poder corrompe.
Mantém harmonia na equipe e te livres dos desobedientes. Se o povo te escolheu,
faze todos saber os motivos das atitudes mais rígidas que tiveres em prol do
bom andamento do teu governo.
Evita muitos gastos no
início do teu governo. Principalmente gastos pessoais. Conserva tua humildade e
mostra aos eleitores que o poder não mudou teu modo de ser. Usa as verbas para
o bem comum e vigies para quem teus assessores não se locupletem com benefícios
de influências dos cargos e com os acessos ao erário da tua Cidade!
Tuas falhas serão maus
exemplos a serem seguidos pelos teus assessores. Portanto, exemplifiques com o
equilíbrio, o respeito, a força de vontade, o otimismo e a imparcialidade.
Não cedas espaços aos
bajuladores, oportunistas e interesseiros que sabes te cercaram enquanto
lutavas para chegar ao poder. Eles serão os primeiros a te criticar, trair e
falar de ti se não deres o que almejam. Esses serão aqueles que tentarão te
suplantar e usurpar o poder.Então procures te cercar das pessoas competentes e
que são sinceras contigo.
Quando notares que algum
assessor faz questão de se evidenciar, sem citar teu nome, vejas nele como um
peçonhento e te livres dele!”
O governante recém
eleito agradeceu ao Mestre, saiu pensativo. Mas ao dar os primeiros passos da
administração, desobedeceu o último conselho: Foi levado pela vaidade
estimulada pelas bajulações e se cercou de oportunistas, achando que eram amigos;
os quais descumpriam ordens, agiam diferente do líder, inchando a máquina
administrativa com os empreguismos dos familiares e asseclas das gangs
sugadoras dos recursos públicos. Comprou propriedades, automóveis de alto
valor, mau exemplo seguido por seus asseclas. As obras não aconteciam, as
verbas somente davam para sustentar as assessorias envolvidas em festas
superfaturadas e reuniões amorfas. Não ouvia aqueles políticos mais experientes
que o ajudaram, subestimando pequenas falhas dos assessores a se transformar em
graves erros como bolas de neves.”
O governo naufragou em
poucos meses e o governante se tornou uma fonte de gozações e piadas em todas
as esquinas. Mas o governante se manteve na ilusão, cercado de bajuladores e
ouvindo somente o que o contentava e nunca mais procurou o Mestre do alto da
montanha, até que ao perder o poder reconheceu os erros que o sucumbiram.
De que vale procurar um
Mestre se não irá obedecer nem seguir as orientações¿ E pior quem não procura
pessoas experientes e se afirma empafiamente “preparado para governar”!...
- História inspirada em
fato real que sempre ocorre na vida politiqueira mundial!
TRISTEMENTE DE OLHOS NELES!
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