quarta-feira, 29 de junho de 2011

No alvorecer de mais uma manhã sem ti nos meus braços...

Chorar... Chorar... Chorar...
Chorar num desaguar
De tristeza findar num mar
Liquefazendo um sofrer

Chorar! Chorar! Chorar!
Por um grande amar
Muito além de um sonhar
Pelo desejo de te ter


Saudade torturante
No poeta relutante
Ansiando amada repousando no peito
Trás tempestades de soluços e lágrimas
Pela instabilidade desse teu jeito.






























Chorar... Chorar... Chorar...
Desaguando a saudade...
Até me diluir
Até sentir fluir
Meu ser se liquefazendo...
E sendo todo líquido pranto
Poder me unir às águas da chuva
Derramando rumo aos rios
E depois chegar ao mar
Com a força do meu amar
Unida às vagas oceânicas
Sob o calor do sol evaporar
Ascender além estrelas
E unificado aos ventos cósmicos
Como partículas de luzes liquefeitas
Novamente voltar à Terra estando em nuvens
Ser chuva e cair em partículas de gotas coloridas
Sobre teu corpo me abraçando aos teus cabelos...
Ou sendo água me amoldar a qualquer recipiente
Para ser levado por ti
E possas me beber quando quiseres
E quando ansiosa muita sede tiveres
Para assim fazer parte materialmente
Do mais íntimo do teu corpo concretamente;
No absorto dos devaneios da tortura de uma saudade.

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