quinta-feira, 23 de julho de 2009

* Esvoaçando o estro num dia nublado


Hoje o dia amanheceu nublado.

Chuva caindo. Bem fininha.

Vento frio.

A chuva que cai são como as lágrimas presas em meu estro, as quais deságuo nos versos tristes do meu passado.

O tempo que passou rápido não me fez esquecer de perceber os invernos ficando mais frios e os verões ficando mais quentes.

Mas não pintarei meus cabelos. Deixarei eles pratearem ao gosto do passar do tempo.

Não me deixarei levar pelo tempo. Quero o controle de levar ele.

E ficarei espectador desse espetáculo de vida, ímpar a cada momento, embora tendo vários acessos de dèjavour!


Para que esperar o momento

quando posso com meu intento

construir os segundos do meu tempo?


Os seres baços trafegam na rua, sonambulamente entregues aos barulhos da agitação da cidade.

E eu olhando a distante montanha verdejante, devaneando minha silenciosa esperança.


Os raios solares teimosamente abriram clarões entre nuvens. Os cânticos dos pássaros trouxeram um despertar de alegria e esperanças.

A Natureza sonorizou encantos em minh'alma.

A chuva passou. Porém o Sol timidamente se esconde atrás de nuvens...

Somente com minhas asas de poesia posso transpor as nuvens e sentir o calor do Sol!


© Jaorish


Palmares, 24/Julho/2009.

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