Onde eu estive ausente de mim mesmo?
Onde perambulei por grafos vadios,
Navegando profundos lagos sombrios;
Embuçando a realidade cruel de existir
Longe da Luz apetecida e encontrada
Mas por dias, momentos desprezada?
Eis-me dividido agora, me recompondo,
Versos inspirados em queda compondo.
Inércia dolente acolhendo angústia e desgostos.
Ausência dos diáfanos seres que afastei
Enclausurado em mim mesmo.
Status de ausente enquanto online
Status presente de afastamento
Do mundo externo e do meu ser
Íntimo navegar em sonho tão íntimo
Na ilusória condição de nublados sentimentos.
Acordo além pulsares cardíacos céleres
Mergulhando na paz profunda do silêncio d’alma.
Busco o reencontro da Luz Divinal
Fonte e cura dessa letargia desigual.
Vejo o espelho de imagens distorcidas
No desencontro de minha própria imagem
Avessa ao meu caminho sagrado.
E navego muito além do imaginado
Tenho certeza do encanto e não miragem
Indicando-me belas paragens apetecidas.
20/01/2009
© Jaorish Gomes Teles da Silva
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